Insuficiência cardíaca

Caracteriza-se a insuficiência cardíaca quando ocorre uma diminuição da capacidade do coração de bombear o sangue, deixando de suprir as necessidades do organismo. Embora seja mais freqüente em idosos, pode ocorrer em qualquer idade. Raramente atinge as crianças; quando se manifesta nelas em geral se deve à malformações. Pode aparecer também repentinamente, mas o mais comum é o coração perder aos poucos a função.

A insuficiência cardíaca é muito freqüente. O DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), estima que em 2002, havia no Brasil 2 milhões de portadores, com 240 000 casos novos anualmente. Já nos estados Unidos já 5 milhões de doentes e 400 000 a 500 000 novos casos por ano. Cerca de 300 000 americanos morrem todo ano dessa doença. A insuficiência cardíaca, aliás mas mais do que alguns tipos de câncer.

A principal causa de insuficiência cardíaca em todo o mundo é a doença isquêmica do coração, que ocorre, sobretudo depois dos 40 anos. Trata-se da formação de placas de gordura nas artérias do coração, o que é chamado também de aterosclerose, que as obstruem e dificultam a chegada de sangue e oxigênio às células do órgão. Isso promove adaptações no músculo cardíaco na tentativa de manter sua função, o que, em última análise, leva a sua dilatação e perda ainda maior da capacidade de bombeamento. Outras causas importantes de insuficiência cardíaca no Brasil são: hipertensão arterial, doença de Chagas, consumo freqüente e excessivo de bebidas alcoólicas e drogas, além de doenças das válvulas cardíacas. Todas fazem o coração, aos poucos, dilatar-se e perder a capacidade de funcionamento.

Os principais sintomas da insuficiência aguda do coração, que especial no caso de infarto extenso do miocárdio ou insuficiência cardíaca avançada são: acúmulo de líquido nos pulmões, diminuição no volume da urina, mãos e pés gelados, extremidades arroxeadas e confusão mental. Quando a doença se forma gradativamente, a pessoa tem: dificuldade de fazer esforços físicos, cansaço, falta de ar quando deita, chiado nos pulmões, tosse, não urina de dia e passa a urinar a noite, empachamento, náuseas, vômitos, inchaço nas pernas e nos pés.

Quando a dilatação do coração se inicia, ela se perpetua por si mesma. O paciente vai ficando cada vez mais cansado e incapaz de fazer atividade física. Nos casos extremos, é difícil até pentear cabelo e amarrar sapatos. Passa a vida sentada, pois pela falta de ar, não agüenta deitar-se. Além do mais, corações dilatados são verdadeiros “centros produtores” de arritmias, que podem ser fatais.

Felizmente é possível evitar a insuficiência cardíaca com algumas medidas básicas. Adote uma alimentação saudável. Faça atividade física. Não consuma bebidas alcoólicas em excesso, fuja das drogas. Nas regiões e que há doença de chagas, evite dormir em locais sem estrutura. Indivíduos que têm colesterol alto, diabetes o hipertensão arterial precisam manter essas doenças sob controle. Quem tem sintomas deve consultar um clínico geral ou cardiologista. A doença já tem tratamento com remédios, quanto mais cedo é iniciado, maior a eficácia. Nos Casos em que o coração já perdeu grande parte da função e os remédios ajudam pouco, pode-se fazer transplante. Essa cirurgia evoluiu muito, mas ainda tem sido um desafio no Brasil, Encontrar os órgãos dos quais se necessita.